Carnaval, o carnaval...

É engraçado que com o passar dos anos a minha vida tende a ficar mais chata e sem graça. É assim com o carnaval também. Isso só ajuda a confirmar a teoria de que eu serei uma velha ranzinza aos 30. Tomara que as minhas previsões sobre interrupção da juventude estejam mesmo certas, se essa teoria se confirmar.

O amendoim, o loló e a massa.

E a Sapupara, e o axé e a Skol.

Cadê as brincadeiras? Ficar em coma alcóolico não tem a menor graça; é só mais um história bizarra pra contar.

Shows impossíveis de serem vistos. Malas por todos os lados. Ladrões também. Não necessariamente nessa ordem.

Abuso-mor de gente. My best kiss me dando mole e eu negando fogo. Só posso estar com problemas.

Odeio protetor solar. Calor infernal.

Ser carregada pelas ladeiras de Olinda por desconhecidos: não tem preço.

Voltar a ter dor de estômago e ficar com enxaqueca: me joguem fora, pelo amor de Deus.

Aí eu chego em casa, uns duzentos reais a menos na conta e ninguém novo pra ficar pensando. Só coisa trash pra relembrar.

Ranzinza aos 30. Digo e repito.