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Friday, October 03, 2008

No metrô

Era dona do coração mais fragilizado e também muito dona de si. Sabia-se bonita e da voz cheia de um charme irresistível. Também se sabia de alma mole, mateiga derretida, bailarina de cristal. Sabia-se criança pequena em busca da maior alegria do mundo e também a mulher de 40 anos que não acredita mais em coisas tão alegres assim.

Queria viver, mas não sentir dor.

- "É impossível, ora menina. Crescer dói muito."

E ela vivia. Viva muito, vivia no limite. Deixava os sonhos deslizarem na ponta dos seus dedos enquanto o sangue dançava quente pelo resto do seu corpo. E depois reclamava dos machucados e arranhões. Precisava aprender a cair. Se deixar levar ela já aprendeu. Desceu na Estação Liberdade.


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