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Wednesday, August 15, 2007

Tenho todo o direito de vestir o luto. Seja ele por três minutos ou por três anos.

Tenho também, todo o direito de cair na vida mundana. De vestir meu vestido mais bonito, passar meu batom carmim e cair na vida. De beber até cair, de chorar até secar. E de, mesmo assim, ser respeitada pela pessoa que sempre fui: íntegra, honesta e amável.

Tenho o direito de não querer ouvir ironias. De não querer ouvir sua voz, de não querer saber como/onde você está só para me poupar da dor.

Tenho todo o direito de me retirar de cena. De ficar sozinha, ouvir Betty Harris e achar que tudo não passou de projeção minha.

Tenho todo o direito de, a partir de uma escolha sua, não fazer mais parte da sua rotina.

E, mais ainda, tenho todo o direito de esquecer que você existe: de esquecer sua voz, seu cheiro, seu gosto, seu medo do escuro.

E, mesmo assim, tenho todo o direito de acreditar piamente que fiz minha parte. Que me entreguei, me iludi e quebrei minha cara.

Tenho todo o direito de renascer das cinzas.

Tenho também, todo o direito de cair na vida mundana. De vestir meu vestido mais bonito, passar meu batom carmim e cair na vida. De beber até cair, de beijar outras bocas. E de, mesmo assim, ser respeitada pela pessoa que sempre fui: íntegra, honesta e amável.


2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

não é triste! é verdadeiro! aliás, como devia ser tudo na vida.

6:03 AM  
Anonymous Anonymous said...

ô, mulher... tão lindo o teu texto. tão sincero, honesto, íntegro, amável...
:´(

10:39 AM  

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