Do desapego

Eu sempre soube que eu era canceriana, mas sempre desconfiei de que os astrólogos estavam fazendo uma leitura equivocada do meu mapa de nascimento. Como nasci no dia 21 de junho - 1º dia do signo de câncer -, passei anos em dúvida se era geminiana ou canceriana. Geminiano tem essa coisa do desapego muito forte, que eu nunca tive, de fato, mas canceriano, por outro lado, tem uma coisa muito maternal e familia que eu também nunca tive. Então, em resumo, eu achava que não tinha nada a ver com nada disso.

Depois que eu descobri que o meu ascendente é escorpião, entretanto, a minha relação com a astrologia mudou completamente. Explicando: escorpião é um signo mais "forte" em relação a câncer. Dessa maneira, eu acabo mais escorpiana do que canceriana. E aí, finalmente, tudo começou a fazer sentido.

Mas, nos últimos anos, venho percebendo uma influência maior do signo de câncer sobre mim. Percebo que estou mais "frágil", mais sentimental. E não gosto disso. Ando sofrendo por coisas pequenas, por falta de amores mesquinhos.

Preciso reiventar minha armadura de aço. Preciso, novamente, tomar as rédeas dos meus sentimentos que, se estiverem livres, vão se espalhar pelos lugares mais inóspitos do planeta.