Lembrei de Drummond.

Há nuns dois anos eu ficava com um menino. Por fins éticos, o chamarei aqui de João.

Pois bem. A gente ficou durante umas três semanas e foi ótimo. Só que, um belo dia, o bofe beija outra na minha cara, como se nada tivesse acontecido.

Fiquei puta, óbvio, mas relevei. Hoje em dia a gente até se dá bem. E ele sempre diz que eu tô linda quando me encontra. Ótimo, muito bem, é assim que se faz. ;)

Mas depois da "gaia", eu perdi o interesse por ele e a história morgou. Ele até tentou uns revivals, mas um belo dia eu me arretei e dei um fora "sustento". Aí ele viu que a mulher é braba e nunca mais tentou nada. Hahahahahahah

Bom, nessa época que eu fiquei com ele, ele ainda era apaixonado pela ex. Apaixonado não; completamente ababacado. Vamos chamar a ex de Maria.

Enfim.

Ai, passam-se os anos, dia desses, numa festênha, um moço me dá uma cantada. Eu não fiquei com ele também, por fins éticos. Só sei que o bofe surtou e disse que estava se apaixonando por mim, enfim, um surto completo e descabido. Vamos chamar esse moço de José.

Pois bem. Ontem, eu descobri que Maria é ex de José e apaixonada, apaixonada não, compleatamente ababacada por ele.

Como assim??? Haahahahahaha

Eu achei tanta graça sozinha e ninguém entendeu. Mas eu me senti dentro daquele poeminha de Drummond e tive que ficar calada.

Mas digam aí se a minha vida amorosa não merece um livro?