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Tuesday, June 03, 2008

Da falta de paixão e dos excessos de poesia

Ontem, eu fui ao Teatro do Parque para conferir a estréia de um monólogo que tinha um nome para lá de curioso: R$ 1,99. No geral, a peça fala sobre a des(graça) que é ser brasileiro.

Em dado momento do espetáculo, o ator começou a falar de paixões. Disse que quando a gente se apaixona, nos danamos a escrever e recitar poesias, músicas, etc. etc. etc. - e eu me identifiquei completamente.

Mas não acho que poesia seja arte só de gente apaixonada, como sugeriu o ator. E tampouco acho que seja só técnica, como sugere Raimundo Carrero.

A boa poesia de amor (e a prosa também, por que não?), a meu ver, é aquela que consegue criar algum mecanismo de identificação; que consegue transportar o leitor a um momento muito especial do presente ou do passado - ou do futuro projetado.

É por isso que poesias de amor me tocam mesmo quando não estou apaixonada, como é o caso de agora. Ao ler textos como o de Hilda Hilst, que postei há pouco, é inevitável pensar que "naquele dia, fulaninho de tal deveria ter lido isso".

Hoje, não me atrevo a escrever mais nada sobre qualquer coisa que eu tenha sentido ou venha a sentir. Hilda já fez - e de forma infinitamente melhor do que eu poderia sonhar em fazer.

Mas nem sempre foi assim. Quando eu tinha 15 anos, me apaixonei de verdade pela primeira vez (vale salientar que isso só aconteceu 3 vezes na minha vida). E, na época, escrevi duas músicas dedicadas ao meu ex-amor.

Quando Mallu Magalhães ainda era um bebê, eu gravei minhas canções em voz e violão, usando o microfone do computador, e enviei para diversos amigos via Internet. As canções logo viraram hits no mIRC e eu virei uma semi-celebridade virtual. HAHAHAHAHAHAHAHA

Mas, para o meu azar, naquela época ainda não existia MySpace, nem Orkut, nem nada.

Mas existia paixão, minha gente.

Gravei uma fita K7 com as duas canções, depois de ter brigado feio com meu ex-quase-primeiro-namoradinho e de ter sofrido minha primeira real decepção amorosa, e enviei pro bofe. Ele, ao receber, me ignorou prontamente. E eu me fodi mais ainda. HAHAHAHAHAAHAH

Mas, naquela época, eu não tinha o discernimento que tenho hoje a respeito dos foras. Eu dei um fora classudo nele (o primeiro de muitos na minha vida, desculpem) e fiquei indignada porque ele não me ligou chorando e nem me escreveu uma carta de amor gigantesca.

Mas, o mais importante foi o after. Nos próximos posts, vou colocar as letras das duas canções e fazer os devidos comentários.

Aguardem...


5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Esse texto vale R$ 1,99. E meu comentário, 1 centavo.

Ah, que lindo: juntos formamos uma tartaruga marinha azul!

1:56 PM  
Anonymous Anonymous said...

AMiga vale a pena salientar que a gravação foi no Bafoa's Studios e que eu era tua principale ouvinte!
Sei de cor as músicas até hoje!
(L)

2:11 PM  
Anonymous Anonymous said...

Concita, Carrero tem certa razão. Só que ainda acho que técnica é pra quem quer fazer sucesso com o que escreve. Mas não tem nada melhor do que largar a mão no teclado e botar pra fora pensamentos que, ficando dentro da cabeça e do coração, estão destinados a se tornar apenas meras lembranças.Ou nem isso.
Keep writing, babe!

7:11 PM  
Blogger Renatinha said...

Menine, quero te ler todinha! Uhu! Manda ver nos posts. Ninguém quer se comparar (ou ousar) a gente como Hilda. É pelo direito de "ir e vir" mesmo, sem crítica, por prazer. Fia, eu concordo plenamente que poesia transcende paixonites xulamente encarnadas nesse mundinho desapaixonante. Mas confesso que um calorzinho maior no peito favorece a inspiração. Pois que eu também fui quase uma celebridade, mas só entre meus amigos. Fazia poesia, fazia música...Pérola até hoje sabe a letra de Autodoação (uma coisa "drama". Pede a ela pra cantar, q tu vais rir demais). Esse meu "hit" foi engraçado, pq eu nunca consegui chegar a uma boa melodia. E os menininhos candidatos ao meu coração superfizeram suas versões rock´n´roll. Mas solos de guitarra não me consquistaram ("tira essa bermuda, que eu quero você sério") Hahahahahaaha (essa tu pergunta a Paulo Boca, atualmente careta, metido e ressentido obviamente). Nunca gostei de tornar públicos meus produtos...mas poucos dos poucos pelos quais me apaixonei foram bombardeados. Quaquaquá. E alguns só inspiraram mesmo...a dor é a melhor musa, pra falar a verdade. Beijos, amada

8:17 AM  
Blogger Paranóia Ululante said...

hahahhaa.
adorei isso.

ansiosa pelas músicas..
eu tbm fazia poesias.
e nao consigo mais. você tem razão.
=P

11:38 AM  

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