//Blogs


Bafoa
Rariú
Terra de (quase) ninguém
Paranóia ululante
Paranóia ululante 2
Mandrey
Vacacaga
Polis et circensis
Nomad
Rodrigo
Balão
Natha
Mari Maga
Ruy
Diego Glam
Zé Pirauá
Fredynho
Almanaque do Brega
TV Sofia
Richard

//Links


Link
Link

//...


eXTReMe Tracker




//Créditos

  Powered by Blogger
 
 

Tuesday, April 29, 2008

Joelma na Fantástica Fábrica de Chocolates

Show de metal é uma coisa hilária. E eu gosto, confesso. Eles fazem eu me lembrar da minha adolescência no Bar do Fogão ouvindo Iron Maiden e bebendo Carreteiro ou, ainda, da minha convivência com a tribo gótica que freqüentava a falecida Non Stop e o não menos defunto Dokas.


Após uns dois anos sem ir a um show de metal só de metal mesmo (no ano passado, fui ao Abril Pro Rock e vi o Korzus - que foi, por sinal, fuderosíssimo - mas havia também outros gêneros musicais contemplados na noite), me joguei no show de Helloween no último domingo e assisti a cenas, no mínimo, dignas do mais seleto hall das artes cênicas mundiais.


E não estou apenas falando das referências ao novo álbum do grupo alemão.


Todo mundo sabe (e eu não sou a única a achar isso) que o metal é a versão lado negro da força do brega. Podem reparar: a parcela do público headbanger considerada mais "estilosa" (cof cof cof) usa os mesmíssimos apetrechos cênicos da cena MMPB (Música MUITO Popular Brasileira): meia arrastão, saias com pontas, coletes de gosto duvidoso, botas de cano alto, colares e mais colares, pulseiras e mais pulseiras.

Domingo não foi diferente. Uma nostalgia do tamanho de um trem me atropelou quando me deparei com figuras no mínimo exóticas e me recordei de quanto eu já fui parecida com aquilo. Nunca usei saia de pontas e nem excessos de pulseiras e colares (sempre achei tosco), mas meia arrastão e coturno até hoje fazem parte do meu guarda-roupa. E o cabelo? Hoje tenho um cabelo curtinho (tô tentando deixar crescer, é verdade), mas usei por anos e anos as madeixas longuíssimas, que batiam abaixo da cintura, como boa parte das pessoas que se aglomeravam ali no Chevrolet Hall.



Entre as figuras exóticas da noite, uma muito especial se destacou: Joelma. Sim, ela mesma, a própria vocalista do grupo Calypso levou seu cavalo manco ao show do Helloween. A dancinha jogando os cabelos devidamente pintados de amarelo para fente e o figurino over the rainbow não mascararam a real identidade da moça.



Depois de muito se jogar, Joelma arrancou um celular de sua bolsa e fez uma ligação. Uma amiga, que estava ao meu lado, indagou:



- "Para quem será que Joelma está ligando?"



Eu, incontinenti, repondi:



- Pra Chimbinha, é claro!







Legenda da foto: "Amor, se liga nesse riff. Vamos copiá-lo para nosso próximo CD", disse Joelma ao telefone.







Além de Joelma, no próprio palco era possível ver figuras estranhas. Em dado momento da noite, o vocalista Andi Deris saiu de cena e retornou vestindo uma casaca de lantejoulas vermelhas e uma cartola. Juro: era o próprio Willy Wonka cantando clássicos do metal melódico. A essa altura, eu já havia entornado umas quatro doses de uísque e estava bem alegrinha, mas confesso que, nesse momento, tive MUITO medo. E, automaticamente, me lembrei da frase proferida por Willy Wonka no filme A Fantástica Fábrica de Chocolates, uma pérola da qual Oswald Andrade não pode se orgulhar de ter no currículo: "Tudo aqui é comestível, inclusive eu".







Legenda da foto: Willy Wonka também dita moda no metal


E não é que o Sr. Wonka conseguiu hipnotizar todos os metaleiros presentes no Chrevrolet Hall? Confesso que eu mesma tive vontade de chorar quando ele cantou "Sole Survivor". Mas o viagem à Fábrica de Chocolates de Andi Deris e cia. teve mesmo seu ápice com o coral infantil:

- "Happy happy Halloween, Helloween, Helloween! Happy happy Helloween! Ô ô ô ô!"

Mas se engana quem pensa que o grupo alemão foi o primeiro da música a se inspirar no jeito Willy Wonka de ser. Aqui no Brasil, nós temos como exemplo a musa do rock Rita Lee, que se revelou tendência total ao copiar o figurino do dono da fábrica de chocolates. Pena eu não ter conseguido achar uma foto da gata na fase Wonka de ser na net. Mas a legenda tá aqui:

"Bicho, essa fábrica é mesmo o paraíso: tá cheia de doces".

Obs: Esse post é dedicado a todos os repórteres que encontraram o bilhete dourado na embalagem do chocolate Wonka e tiveram acesso exclusivo à Fantástica Fábrica de Chocolates.


4 Comments:

Anonymous Anonymous said...

meu bem, MEU BEM... Freud certamente concordaria com você, apresentando uma uma explicação bastante convincente para desmitificar esse rótulo de que o "metaleiro" é um ser macho e inclinado para o mal. Cuidar de suas madeixas com elseve multivitaminado, tudo bem; "brincar" de balançar a cabeça enfurecidamente, tudo bem também; se jogar nos braços másculos dos demais expectadores, fazer rodinha para distribuir e levar sopapos ao som dos acordes satânicos, chorar - isso mesmo, chorar - de emoção num show do RUSH... aí também já é demais também!!!!! sou fã declarado do Queen mas nunca rebolei no Radio ga-ga, porém, posso ser rotulado de viado pelos mesmos machões de cuturno (e se vacilar, ainda levo um "quebra" violentíssimo da gangue). É testosterona e agressividade demais, vá por mim! tá faltando alguma coisa para preencher esse vazio existencial e trazer de volta a calma para essas pobres almas. Mhuahahahahhaaha!!!!

7:44 AM  
Blogger Renatinha said...

Hahahahahaahahahahahaahaha. Muuuuito bom relembrar nossa análise "moda e comportamento" do show (maravilhoso!). Joelma até hj está na minha mente. E aquele cabelo maravilhoso tocando baixo no Hell? Com certeza fez escova progressiva! As jaquetas e sobretudos - pretos, obviamente - até q não fizeram tão feio por conta da chuvinha q permeou o clima "metal contra as nuvens" (ex-grunge, ex-metal, mas nunca ex-Legião. kkkkk!). Ah, confesso que quase aderi ao modelito negro também, mas resisti e dei um pouco de cor àquela massa black-ozzy. Quem disse q guitarra não combina com "vestidinho Frida" (como definiu nossa amiga eternamente metaleira!)? kkkkkkkkkkk. Rock é alma, não camisa preta (uhu!). =*

6:42 AM  
Blogger nobody said...

Sou uma grande ignorante na arte do metal, hardcore, punk rock, heavy metal e demais gêneros parecidos (sei q vc vai dizer q são diferentes hehehehehe)e por isso mesmo fiquei estranhando a grafia "Helloween" do nome da banda. Eu pensava: será q o povo num sabe escrever ou há algo de supercult q eu não saquei?

7:42 AM  
Blogger Rodrigo Almeida said...

HAHAHAHAHA

Bizarro e divertido, com certeza. E ontem quando tu ia começar a contar a história, eu levei um susto com o grito do cara chamando teu nome. Sério mesmo. Ficou eu e Milena olhando com cara de "cadê a Nicole Kidman?"

12:08 PM  

Post a Comment

<< Home