A bebedeira e a TV

A pessoa chega em casa às 9h da manhã de um domingo, completamente bêbada e faminta, e liga a TV enquanto come guacamole com torradas. Pra quê? Na tela, aparece Alec Baldwin (sei lá como se escreve esse carái - e eu ainda tô bêbada) gordo e velho, com crise de meia-idade.

- "Porra, é Sony Entreteinment (tb não sei como se escreve), caralho!!! É pra me entreter, não pra me deprimir!!!"

Mas Baldwin quer saber não, pô. Ele ligou o foda-se pra mim: já comeu metade de Hollywood e tá nem aí.

O fato é que eu tô deprimilde (coisa de mulher, gentemmmm!) e o sr. Baldwin ex-gostosão mas ainda com o mesmo sex-appeal (eu fazia linda) continua resmungando na TV.

De repente, aparece uma loira gostosona (amante do dito-cujo) no elevador. E ele, simplesmente responde:

- "Gastei muito tempo e energia pra chegar até aqui. Agora, tenho que continuar".

Até aqui = casamento

Taquipariu, viu?

Nem na TV existem mais sonhos bonitos... É por isso que eu continuo total e completamente traumatizada. Não que ser amante seja um sonho bonito, nada disso. Acho, inclusive, que toda amante está fadada a ser taxada de puta pelo seu "companheiro". Esse sim, é um gradissíssimo filho-de-uma-puta. Mas eu não acho que as pessoas devam abrir mão de suas paixões, seus desejos, ses instintos, apenas por convenções sociais. E o que é o casamento senão uma convenção social??? Por isso que eu quero morrer solteira. Quero colecionar no meu currículo apenas paixões, não relacionamentos. E que sejam fortes e intensas. Se houver uma que dure pelo resto da minha vida, com certeza eu agradecerei.