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Sunday, November 30, 2008

Síndrome de mulher

Não é defeito não, senhor. Concretizar os sonhos é mácula que apenas os virtuosos carregam.

Quando deixei que tocasse minha pele e sentisse seu cheiro - de que você não se esqueceu -, queria que fosse concreto tudo o que sonhamos juntos. Queria sentir que eras real; que aquela voz pertencia a algum ponto no mundo (seu corpo) em que eu poderia depositar todo o meu amor que, de tão grande, não coube em mim.

E foi assim. Me deixei levar, sem culpa, fui viver. Queria saber como andava esse lado da realidade, sobre que eu fiz todas as boas projeções possíveis. Queria que achasses que eu era teu centro do mundo, tua varinha de condão, tua canção de ninar. Depois, cansei de ser real e quis ter o incrível poder de te trazer para os meus sonhos, para verdes como deste lado tudo é mais denso, belo, vívido.

Você, entretanto, largou minha mão. Quis ficar na Terra enquanto eu, cegamente, voava para o lugar mais alto do céu.

Ficamos longe, meu bem. E dele, o amor, só deixei pra ti uma lembrança. Ele me pertence; fica guardado no meu coração ad infinitum. É daquele instinto; daquela síndrome de ser mulher.

E você, agora que escolheu seu lado mesquinho, me deixe sozinha voando alto. Me deixe ser borboleta e beija-flor; pousar nos terrenos mais áridos e nos bosques mais perfumados... E quando eu lá estiver, meu bem, não vou poder mas te dar meu amor. Vou haver descoberto que ele me pertence, que eu não posso dá-lo a ninguém; que só estando junto a mim é possível conhecê-lo.

Mas se você quiser sonhar, meu bem... Feche os olhos... Deixe-se transformar em lírio branco, em rosa vermelha, em girassol...

* Para a menina-mulher-rubra-rosa do sertão. Não perca seus sonhos jamais!