Todos os meus leitores são testemunhas de quanto eu reneguei por muito tempo a idéia de construir um relacionamento outra vez. Foram anos de conflitos, paixões não correspondidas e/ou absolutamente mal-resolvidas que me fizeram desacreditar na possibilidade de ter um coração feliz outra vez.
Eis que, de repente, aparece alguém que me faz romper com esse estigma e ter vontade de construir algo lado a lado. Me faz acreditar sim, que é possível amar verdadeiramente e ser correspondido e reacende em mim a vontade de querer ter uma vida a dois e constituir uma família. Mas o sonho só durou 9 meses.
Ontem, todos esses meus sonhos amorosos desabaram em uma ligação que durou exatos 55 minutos. Ouvir um eu "não te quero mais" contado com eufemismo de "eu estou confuso" foi um choque, visto que, pelo menos na minha cabeça e no meu coração, a relação estava cada dia melhor.
Foi uma puxada de tapete, empurrão no precipício. Perdi meu norte, minha referência de família e companheiro e ganhei o vazio. Me senti descartada outra vez. Sem importância, mais uma vez. Pra ele, não existia sequer a possibilidade de tentar sem me magoar. Trocou-me na primeira oportunidade, como a gente faz quando ganha uma roupa nova.
Pra mim não faz sentido algum, afinal, PRA MIM, eu te amo não é bom dia. Mesmo. E pra ele - sobre quem, agora, eu nem sei o que pensar - não tenho tanta certeza assim.
Agora, acho que, definitivamente, é impossível existir amor num coração masculino. Estou confusa até com o que eu sinto sobre isso tudo. Raiva não é. Mágoa é sim, muita. Embora ele tenha jurado que não me traiu fisicamente, o coração e as palavras dele me traíram. E em mim, no lugar do amor, restou um buraco no peito que enche meus olhos de lágrimas e aperta meu coração.
Labels: amor, cana, cerveja, fim, fumo, gin, licor, mágoa, paixão, rum, velhice, vinho, vodca