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Tuesday, April 29, 2008

A prova

Taí a foto do show. Agora digam se não é mesmo Willy Wonka cover.

Créditos: Guga Mattos/JC Imagem.


Joelma na Fantástica Fábrica de Chocolates

Show de metal é uma coisa hilária. E eu gosto, confesso. Eles fazem eu me lembrar da minha adolescência no Bar do Fogão ouvindo Iron Maiden e bebendo Carreteiro ou, ainda, da minha convivência com a tribo gótica que freqüentava a falecida Non Stop e o não menos defunto Dokas.


Após uns dois anos sem ir a um show de metal só de metal mesmo (no ano passado, fui ao Abril Pro Rock e vi o Korzus - que foi, por sinal, fuderosíssimo - mas havia também outros gêneros musicais contemplados na noite), me joguei no show de Helloween no último domingo e assisti a cenas, no mínimo, dignas do mais seleto hall das artes cênicas mundiais.


E não estou apenas falando das referências ao novo álbum do grupo alemão.


Todo mundo sabe (e eu não sou a única a achar isso) que o metal é a versão lado negro da força do brega. Podem reparar: a parcela do público headbanger considerada mais "estilosa" (cof cof cof) usa os mesmíssimos apetrechos cênicos da cena MMPB (Música MUITO Popular Brasileira): meia arrastão, saias com pontas, coletes de gosto duvidoso, botas de cano alto, colares e mais colares, pulseiras e mais pulseiras.

Domingo não foi diferente. Uma nostalgia do tamanho de um trem me atropelou quando me deparei com figuras no mínimo exóticas e me recordei de quanto eu já fui parecida com aquilo. Nunca usei saia de pontas e nem excessos de pulseiras e colares (sempre achei tosco), mas meia arrastão e coturno até hoje fazem parte do meu guarda-roupa. E o cabelo? Hoje tenho um cabelo curtinho (tô tentando deixar crescer, é verdade), mas usei por anos e anos as madeixas longuíssimas, que batiam abaixo da cintura, como boa parte das pessoas que se aglomeravam ali no Chevrolet Hall.



Entre as figuras exóticas da noite, uma muito especial se destacou: Joelma. Sim, ela mesma, a própria vocalista do grupo Calypso levou seu cavalo manco ao show do Helloween. A dancinha jogando os cabelos devidamente pintados de amarelo para fente e o figurino over the rainbow não mascararam a real identidade da moça.



Depois de muito se jogar, Joelma arrancou um celular de sua bolsa e fez uma ligação. Uma amiga, que estava ao meu lado, indagou:



- "Para quem será que Joelma está ligando?"



Eu, incontinenti, repondi:



- Pra Chimbinha, é claro!







Legenda da foto: "Amor, se liga nesse riff. Vamos copiá-lo para nosso próximo CD", disse Joelma ao telefone.







Além de Joelma, no próprio palco era possível ver figuras estranhas. Em dado momento da noite, o vocalista Andi Deris saiu de cena e retornou vestindo uma casaca de lantejoulas vermelhas e uma cartola. Juro: era o próprio Willy Wonka cantando clássicos do metal melódico. A essa altura, eu já havia entornado umas quatro doses de uísque e estava bem alegrinha, mas confesso que, nesse momento, tive MUITO medo. E, automaticamente, me lembrei da frase proferida por Willy Wonka no filme A Fantástica Fábrica de Chocolates, uma pérola da qual Oswald Andrade não pode se orgulhar de ter no currículo: "Tudo aqui é comestível, inclusive eu".







Legenda da foto: Willy Wonka também dita moda no metal


E não é que o Sr. Wonka conseguiu hipnotizar todos os metaleiros presentes no Chrevrolet Hall? Confesso que eu mesma tive vontade de chorar quando ele cantou "Sole Survivor". Mas o viagem à Fábrica de Chocolates de Andi Deris e cia. teve mesmo seu ápice com o coral infantil:

- "Happy happy Halloween, Helloween, Helloween! Happy happy Helloween! Ô ô ô ô!"

Mas se engana quem pensa que o grupo alemão foi o primeiro da música a se inspirar no jeito Willy Wonka de ser. Aqui no Brasil, nós temos como exemplo a musa do rock Rita Lee, que se revelou tendência total ao copiar o figurino do dono da fábrica de chocolates. Pena eu não ter conseguido achar uma foto da gata na fase Wonka de ser na net. Mas a legenda tá aqui:

"Bicho, essa fábrica é mesmo o paraíso: tá cheia de doces".

Obs: Esse post é dedicado a todos os repórteres que encontraram o bilhete dourado na embalagem do chocolate Wonka e tiveram acesso exclusivo à Fantástica Fábrica de Chocolates.


Sunday, April 27, 2008

observações

Com o passar dos anos, as minhas prioridades na vida não se alteraram tanto, mas a minha visão sobre como é possível alcançá-las, essa sim, mudou muito.

Hoje, depois de ter me separado (temporariamente) de tantas pessoas queridas pela morte, aprendi que, nesta vida, há muita coisa que não vale a pena. Orgulho, por exemplo.

Quando eu era uma ninfeta, bem me lembro que eu era super orgulhosa. Não dava o braço a torcer por nada nesse mundo. Não perdoava quem me fizesse mal.

Hoje, aprendi que perdão é algo que faz bem pra nós mesmos e não só pra quem perdoamos. Parece piegas, mas é verdade. Acordar e ter plena consciência de que não há ninguém no mundo que você odeie é muito bom. Paz é uma das coisas mais importantes nessa vida.

Outra forma de orgulho - a que mais me interessa nesse post - é aquela causada por convenções sociais. Por terem medo de sofrer represálias de outras pessoas (mesmo que essas represálias nem sejam externadas, sejam apenas uma auto-tortura psicológica), muitas pessoas abrem mão das coisas que as fariam verdadeiramente felizes.

Bem próximo a mim, pude observar alguns casos recentes. Gente que se casou, não quer mais ficar junto e, apenas e somente por orgulho, não tem coragem de jogar a toalha e ir em busca daquilo que pode fazê-lo mais feliz.

Medo de os outros julgarem: "Tá vendo fulaninho? Não dá certo com ninguém."

Aí é quando eu me questiono até quando vale a pena não quebrar esse orgulho e viver em tormento só por causa dos outros...

Danem-se os outros!

Eu mesma já comecei a elencar minhas prioridades na vida. E a primeira delas é ser feliz.


Saturday, April 26, 2008

Um litro de Johnnie Walker

Dizem que vinho é a bebida do amor e, de certo modo, eu bem concordo. Chamar alguém pra tomar um vinho (do bom, viu? Carreteiro não serve) não é coisa que fazemos em qualquer dia ou com qualquer pessoa.

E eu confesso que já usei vinho com intenções que iam muito além da ebriedade.

E eu adoro um bom vinho. Seco. Tinto. Passional.

Sinto falta também.

(...)

Mas eu ia mesmo falar do uísque.

Não me lembro qual foi a primeira vez que eu entornei um copo de uísque na vida. Só sei que há um bom tempo essa é minha bebida favorita.

Só que não é algo que eu possa tomar todo fim-de-semana. Não tenho dinheiro para tal. Claro, não me contento com uma dose apenas.

Só sei que o sr. Johnnie Walker já me proporcionou momentos de felicidade inesquecíveis e também momentos toscos/bizarros/quero apagar isso da minha memória (ou apaguei mesmo, é fato) e da dos ouros.

Só o Johnnie Walker proporciona discotecas performáticas no feriadão a duas amigas deprimildes. Mas atenção: tem que ser 1 litro dele.

Só Johnnie Walker faz com que você receba telefonemas de saudades na madrugada.

Só Johnnie Walker faz com que você tenha sessões de pomba-giramento.

Só Johnnie Walker faz com que você vire a melhor amiga da tia do vizinho da amiga da colega da sua prima numa festa super chata. E que a amizade dure pra sempre.

Só Johnnie Walker faz com que você dance em cima da mesa de um bar vestindo minissaia.

Definitivamente, Johnnie Walker é para os que gostam de viver perigosamente.

Johnnie, eu te amo!


Friday, April 25, 2008

Bichices no Cristina Tavares

- Meu bem, eu uso o perfume de Madonna muito antes de saber que ela usava, tá? Uso porque sempre gostei dele mesmo.

- Sério???

- E digo logo que nasci no dia em que ela lançou o single de "Like a virgin"!

- Amiga, tu nasceu pra brilhar!!!


Acho que por isso eu levei o prêmio pra casa. HAHAHAHAHAHAH


Ondas positivas

Se tem uma coisa da qual eu não posso me queixar na vida é de tédio. E, pra ser bem honesta, eu adoro viver assim.

Minha vida ou está na maré muuuuuuito ruim ou na maré muuuuuuito boa. Aqui tem vida mais ou menos não. É emoção em cima de emoção.

Depois de amargar desemprego, falta de namorado, fora silencioso (que até hoje dói, confesso), partida do meu pai, tireoidite, etc. etc. etc. etc. agora me vejo novamente com bons ventos soprando a favor.

Prêmio Cristina Tavares, empregos novos (e espero que oportunidades maravilhosas estejam me aguardando!) e muuuuuita felicidade!

Só falta o namorado pra completar. Mas dizem que quem tem sorte no jogo tem azar no amor, né?

Bom, continuo esperando ter sorte nos dois. Tudo-ao-mesmo-tempo-agora.

Mas... Será que isso me traria tédio na vida?

Ai, quero mais não!!!


Wednesday, April 16, 2008

A necessidade de aparecer e a tabacudice masculina

Homem é mesmo bicho muito burro. Taquipariu. Um belo dia, do nada, eles estão fazendo as declarações mais absurdas pra você - e você fingindo que acredita (ou não, há aquelas que conseguem gargalhar na cara do sujeito, tamanha cara-de-pau do cidadão). Depois, o dito-cujo muda de comportamento de uma forma completa e total - e você fica com aquela cara de "hã???".

Pois bem, eu não sou psicóloga pra ouvir problema de ninguém. Ainda mais quando esse "problema" na verdade pode ser a solução para a sua relação com o bofe (ou o agravante-mor, já que a gente não é tão doida quanto parece). Aí, convenhamos, um fora vale a pena.

Meses depois, o cidadão se torna apático com você e finge que você é uma reles conhecida. Os homens juram que esse tipo de atitude quer dizer um "TÔ NEM AÍ, MINHA FILHA!" Ok, em algumas situações quer mesmo. Mas aí é onde entra o título deste post: a necessidade de aparecer e a tabacudice masculina.

Para vocês que não são do Recife, tabacudice é o substantivo de tabacudo, que quer dizer mamão, babaca, imbecil, etc.

Pois bem. O bofe mal fala com você, finge que tudo virou bom dia. E você fingindo que não se incomoda com aquilo. Claro, meu bem, a única gostosa aqui é você. Aí é quando o feitiço vira contra o feiticeiro. Indignado com tal situação, o sujeitinho começa a dar sinais mais que claros da sua revolta diante do fracasso total do seu plano. Após "ignorar" solenemente você (um "oi" ainda rola, mas só pra fingir que é educado), ele começa a criar táticas para você notá-lo. E você continua lixando as unhas. (HAHAHAHAHAHAHAH)

Tática 1: Quando você chega, ele muda de lugar. Você continua lá e finge que nada aconteceu. Aí, ele percebe que você ainda está no ângulo de visão e muda de lugar de novo. Aí você é obrigada a sair do recinto para gargalhar, por favor.

Tática 2: Quando você chega, ele vira o MELHOR AMIGO da pessoa que está do seu lado e puxa o maior papo do universo. Detalhe: ele nunca na vida havia dado um bom dia pra essa pessoa. E você lixando unha.

Tática 3: Quando você chega, ele corre rapidamente para conversar com alguém que está próximo de você, sobre como o dia está quente ou como o aedes egypt pode ser prejudicial para a população de Jaboatão dos Guararapes. E você lixando unha.

Tática 4: Quando você chega, ele não faz nada. Aí você encontra aquela sua amiga super legal, que está ao lado de um reles conhecido dele. Aí, quando você está empolgada no papo com a menina, ele chega e conversa com o tal conhecido. Aliás, conversa não. Ele GRITA. Grita de uma forma que você fica impossibilitada de conversar com a sua amiga. Aí você faz assim: ¬¬. E volta para o seu lugar de origem, pois você não é obrigada. E continua lixando unha.

Diante de tais situações, meninos, meu conselho é: sejam mais criativos. Essas táticas que vocês utilizavam na 8ª série para chamar a atenção já estão muito batidas. Inventem uma coisa nova porque essas daí nenhuma mulher engole mais não, OK? Sendo criativos, vocês ganhariam muito mais. Além de não passarem por tabacudos, vocês até conseguiriam manter a menina com a pulga atrás da orelha. Eu não sei se é porque eu tenho mesmo vocação pra ser atriz... Mas assim tá demais! Meninos, aprendam a lixar unha, por favor.



Obs: Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.


Monday, April 14, 2008

Que ficar pra tia o quê. Prefiro é ser balzaca.

Casar antes dos 30 ainda é o sonho de muitas mulheres. Pois é, de nada adiantou queimarmos sutiãs na praça pública, meninas. Muitas de nós ainda preferem ser Julieta do que Brigitte Bardot.

Como muitas de vocês já devem ter lido em um desses textos que circulam durante anos na Internet, Julieta só morreu de amores por Romeu - e vice-versa - porque se suicidou. Se ela tivesse continuado viva, certamente teria encontrado João que a levaria para outro palácio encantado. Ou mais óbvio: Romeu teria encontrado Rosalina e teria dado um belo pé na bunca de Julieta.

Não é que eu não acredite em amor. Aliás, eu nem posso não acreditar em amor. Sou canceriana com ascendente escorpião, tenho marte em escorpião e meu planeta regente é Vênus. É, sou uma fodida. Mas eu não acredito em papai noel, sabe?

Às vezes me pego pensando em certas coisas... Faz falta uma companhia. Mas será que essa companhia compensa a dor de uma traição? E será que compensa dormir com alguém por quem você não sente mais desejo só por costume?

Eu não quero isso pra mim não. Não mesmo.

Não quero que me abracem por obrigação. Quero que digam que têm saudade (sim, porque a convivência diária faz com que a saudade acabe. Não dá tempo de senti-la). Essas pequenas coisas, sabe?

Sei lá. Por isso tenho dúvidas se casar vale a pena. Vejo tanto casamento fake por aí... E tenho pena de um monte de gente que jura que encontrou o príncipe encantado... E vive levando gaia.

Ser traído dói demais, bicho. Eu já fui e sei como é. É uma dor absurdamente inexplicável. E tem gente que consegue perdoar e continuar com a pessoa... Pra mim, traição é a prova de que você não ama mais aquela pessoa. Tem gente que diz que não tem nada a ver, que só foi desejo... Mas eu não concebo isso, bicho. Quando você tá apaixonado, apaixonado de verdade, de faltar fôlego, de dar frio na barriga e acelerar o coração, você não consegue enxergar mais ninguém...

Muitos argumentam: "ah, mas uma hora isso, esse nervosismo, passa."

É verdade. Eu tive um namoro longo e vi isso passar. E sei porque foi: eu não gostava mais do meu ex.

Isso explica alguma coisa?

Pois é, não quero mesmo casar antes que se invente a paixão eterna.