Certa vez ela disse: "Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque foi finalmente desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. O medo agora é que meu novo modo não faça sentido? Mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade." d'A paixão segundo G.H. - Clarice Lispector E uma pessoa que eu amo muito me disse isso ontem. Não só disse como postou no blog pra mim. E você e Clarice acertaram em cheio, minha amiga... Hoje eu substituí o destino pela probabilidade.
Hoje eu tô bem, eu tô muito bem, na verdade... Não sei por quanto tempo, mas agora eu tô. Que bom. Se tem uma coisa que eu aprendi nos últimos meses é que há coisas na vida com as quais não vale a pena perdermos tempo. E uma dessas coisas é a dor. A dor é uma professora maravilhosa. E, se você estiver atento, você vai se dar conta de que ela abre portas para muitas novas oportunidades.
Pessoas não são descartáveis.
Como dói, meu Deus, a gente se decepcionar com as pessoas. A gente achar que elas são bonitas, que elas são iguais a você, que elas têm alma... Como dói... Saber que você se apaixonou por uma mentira, por uma pessoa que só existiu na sua imaginação... É a segunda vez que isso acontece na minha vida e, acho até que dessa vez a dor está sendo mais forte... Eu não sou má pessoa, eu sei disso. Eu procuro sempre que possível não magoar ninguém. E por que as pessoas são tão pequenas, meu Deus? Porque elas são tão egoístas e só querem saber do seu prazer, do que elas sentem. E por que eu não consigo ser assim também? Por que eu não consigo mandar todo mundo à merda e viver uma encenação constante? Por que eu sou um ser humano e não uma parede? Ou uma prateleira, seria até melhor... Dói tanto, tanto, tanto... Essa decepção, eu acho que deve ser uma das maiores dores do mundo. A pessoa não gostar de você tudo bem, acontece, essas coisas a gente não controla. Mas daí pra essa pessoa ligar pra você na madrugada de sábado querendo te ver, a noite ser mágica e linda, e depois a pessoa te tratar como uma parede é foda... Aliás, nem como uma parede. Porque paredes a gente não trata mal, sabe? A gente simplesmente não trata. E você, Senhor Silêncio, eu sei que você vai ler esse texto. Mas você queria o silêncio, não é? Pois bem, vai tê-lo. Desisti de escrever pra você, achei que não valia a pena, você não vale nem uma palavra, nem um lamento meu. E eu espero que um dia você aprenda a tratar bem as pessoas, a ter noção de que você não precisa magoar todo mundo em pra massagear o seu ego.
Essa criança grande não sabe brincar! Ela chegou e bagunçou todo o quebra-cabeças que eu estava montando! Tanto trabalho pra nada!!!
É muito ruim acordar assim... Imaginando mil coisas... Mil coisas ruins, diga-se de passagem. E mil maneiras piores ainda de acabar com elas. Eu abro a janela e não vejo mais o sol. Há tantas palavras, tantas frases que precisam ser ditas... Tantos gritos, tantas brigas que precisam acontecer de verdade, sabe? E eu fico adiando, por medo sei lá de quê. Eu acho que sou masoquista. Acho não, a cada dia eu me convenço mais disso. Minha cabeça tá tão confusa! Estou vivendo um turbilhão de sentimentos ao mesmo tempo, sentimentos impossíveis de coexistirem. E é tão difícil lidar com isso... Eu me sinto uma criança brincando no carrossel da vida... Uma criança que ri na hora de dor, que apenas fecha os olhos e sente aquele momento mágico que poderia ser eternizado pra sempre... Eu queria ter mais coragem pra enfrentar a realidade dos fatos. Descer das nuvens, acordar dos sonhos. Mas eu mesma fico fugindo dela, fico desviando o olhar daquele velho homem mau que dorme nas calçadas da minha vida. E pra mim tá tão difícil tomar qualquer decisão! Por que os seres humanos se alimentam de pequenas vinganças, meu Deus? Por que temos que ser tão egoístas em fingir tudo o que sentimos de verdade só pra satisfazer a mediocridade do nosso ego? Somos tão bobos! E a vida passa tão rápido... Menos um, menos um, menos um...
Hello, Is there anybody in there Just nod if you can hear me Is there anyone at home Come on now I hear you're feeling down I can ease your pain And get you on your feet again Relax I'll need some information first Just the basic facts Can you show me where it hurts There is no pain, you are receding A distant ship smoke on the horizon You are coming through in waves Your lips move but I can't hear what you're saying When I was a child I had a fever My hands felt just like two balloons Now I've got that feeling once again I can't explain, you would not understand This is not how I am I have become comfortably numb O.K. Just a little pin prick There'll be no more aaaaaaaah! But you may feel a little sick Can you stand up? I do believe it's working, good That'll keep you going through the show Come on it's time to go. There is no pain you are receding A distant ship smoke on the horizon You are only coming through in waves Your lips move but I can't hear what you're saying When I was a child I caught a fleeting glimpse Out of the corner of my eye I turned to look but it was gone I cannot put my finger on it now The child is grown The dream is gone And I have become Comfortably numb.
Eu não aprendi a ser palhaço. Desculpa-me, por favor! Só consegui virar parede.
(...) A linha frágil e tênue que separa os meus sonhos da realidade está pouco a pouco se rompendo... E isso tudo está me deixando tão confusa! Eu não sei mais como agir, não sei o que sentir... Todos os meu planos e diálogos ensaiados foram por água abaixo. Eu tenho medo de amanhã me transformar em uma parede. Isso é o pior. Essa incerteza, essa inconstância que você também deve estar sentindo em relação a mim. E eu nem sei o que te falar... Porque nem eu mesma tenho certeza de nada! Certeza deveria ser algo proibido na vida. Para que a gente pudesse viver sempre essa dança irônica e sarcástica. Essa dança que traz prazer aos loucos e dor aos apaixonados. Mas eu não sei quanto tempo eu vou conseguir agüentar esse silêncio. Esse silêncio meu mesmo. E eu odeio o fato de o meu blog ser público agora. ¬¬
Foi comprar cigarros e nunca mais voltou.
É impressionante como a cada dia que se passa Recife tem menos opções de lazer noturno. Num pleno sábado à noite, não havia uma festinha legal sequer em toda a cidade. Mas a noite foi boa, mesmo assim. O álcool e as pessoas preencheram as minhas horas e a festa nem fez falta...
Festinhas, festinhas... Odeio festinhas. Vou virar anti-social de novo.
Hoje eu me sinto assim... Meio eu, meio ninguém. Meio alguém pela metade. O sorriso estampado no meu rosto não se mostra de forma coordenada com os meus sentimentos. É muito fácil fingir, está se tornando até natural. A gente passa a vida toda se fodendo e, quando ficamos mais velhos, aprendemos que não vale a pena mostrar isso pro mundo inteiro. Aí nos travestimos de uma hipocrisia total e permanente. Como eu me travisto agora.
Se eu pudesse, jogava uma bomba em Recife.
Pra passar meu mau-humor. Chá e cafuné também.
As pílulas não foram felizes no dia de hoje. Tornaram ainda mais densas as minhas lágrimas que eu não consegui deixar cair. "The drama queen" um caralho. Quem é você pra determinar o tamanho dos meus sentimentos? Você que só faz posar, desfilar alegrias e sorrisos nessas festas... E não me deixa entrar na sua vida fora delas. Eu também, sinceramente, não faço questão. Porque você também não se esforça nem um pouco para se livrar desse karma que você vem carregando meses a fio e fingindo que está tudo bem. Será que está mesmo, Senhor Silêncio? Eu queria que isso fizesse você pensar, ao menos... A chuva cai na hora certa nessa madrugada fria. Nem liguei o ventilador, só para ouvir o barulho das gotas caindo em fusão com o som do meu cigarro queimando... E você finge que não vê, que ninguém está aqui desejando escutar as batidas do teu coração... Ela não quer, sinto muito em dizê-lo. E você insiste em acreditar que ela quer, não é mesmo? Você sabe que é. Me magoa profundamente o fato de você não se deixar levar. Porque eu sempre me deixei levar sozinha, não é? E você fecha os olhos para a simples existência do meu eu. Isso não é um lamento, é apenas um desabafo. Não sei se você vai ler. E se ler, não sei se vai absorver. Eu gostaria sinceramente que sim, porque sei que você não é só aquilo que pintam, sei que você é muito maior que isso. É todo tu. E queria que fosse todo meu também.
Aos poucos sinto que estou conseguindo montar o quebra-cabeças da minha vida. Que bom. (...) Para os fãs de Dorian, por enquanto ela vai ficar só no fotolog mesmo.
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