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Friday, October 31, 2008

Tudo se repete

Embora eu saiba quais são as regras, sempre meto os pés pelas mãos com o meu coração de menina ingênua. Projeto meus sonhos naqueles que se aproximam com um papo sedutor, acreditando que eles podem ser iguais a mim e que podem me fazer feliz.

Acredito na falsa doçura, nas palavras carinhosas, nos sorrisos derretidos que escondem a falta de caráter tatuada na alma do tal objeto do meu desejo.

Mas sempre levo um tapa na cara. Sempre, sempre.

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Wednesday, October 29, 2008

Da falsidade humana

Não nomeio de amor deslumbramentos vãos. Pena que nem todo mundo é igual a mim.

Quando esteve só, abandonado, à beira da morte, foi meu amigo, cúmplice, parceiro. Estendi a minha mão pra ele sem esperar nada em troca e vivemos uma relação que eu cogitei em chamar de amor. E chamei. E ele, erroneamente, também.

Agora, pelas circunstâncias da vida, ele se recuperou. Arrumou emprego novo, mudou de cidade, recuperou a sensação de estar vivo. E se esqueceu do nosso amor. Ou melhor, daquilo que eu ousei em chamar de amor. Quer dizer, não ousei. Pra mim, era amor.

Agora me jogou na sarjeta e critica as minhas ações. Censura minha embriaguez e me alfineta pela minha falta de emprego.

- "Você está procurando mesmo? Só vejo você falar de farras...", me disse, sem a menor sensibilidade sobre o quanto isso me magoaria.

Sim, estou procurando e as minhas janelas estão se abrindo outra vez. E quando eu estiver bem de novo, com a luz do sol tocando a minha face, eu vou esquecer que um dia você passou pela minha vida.

Amor vai muito além de sexo, senhor. Amor é bem-querer; é cuidar sem esperar nada em troca. E eu fui assim com você, como você sabe. Já lhe disse um milhão de vezes que não busco em você minha metade. Mas buscava uma mão amiga que você fez questão de me negar. E ainda me brindou com um murro no estômago.

E você, aproveite seus deslumbramentos vãos. Sua pequena fama, seus fãs cegos e superficiais. Um dia, isso acaba. E, nesse dia, você vai lembrar de mim. E você vai constatar que, na tua vida, sobraram muito menos coisas que valem a pena.

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Sunday, October 12, 2008

Destruindo projeções

De repente, surge o frio na barriga, o coração acelerado, as bochechas rosadas e o sorriso saído de qualquer frase sem sentido. A paixão chega assim, de mansinho, percorrendo o corpo da ponta da unha do pé até o último fio de cabelo. É uma disposição sem fim pro acordar e dormir pensando no outro. Pensando em como o seu sorriso é lindo e como aquela gargalhada alta me faz feliz.

Toda paixão é um pouco narcisista. Cada um, se apaixona pelo que lhe convém; pela idealização que se tem de um par perfeito. Alguns poucos têm a imensa sorte de cruzar olhares com o alguém certo, o alguém que personifica toda a sua projeção passional. Muitos, entretanto, acreditando ter encontrado esse par perfeito, assumem compromissios inimagináveis pra descobrir, logo depois, que tudo sempre foi uma imensa mentira; que tudo não passava de uma criação de sua própria mente.

Infelizmente, o peso de um "eu te amo" não é o mesmo para todos nós. Alguns o dizem pra manter o outro ali, amarrado. Outros, por conveniência. E uns, muito poucos - dos quais eu felizmente faço parte -, dizem pra deixar o coração falar.

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Friday, October 03, 2008

No metrô

Era dona do coração mais fragilizado e também muito dona de si. Sabia-se bonita e da voz cheia de um charme irresistível. Também se sabia de alma mole, mateiga derretida, bailarina de cristal. Sabia-se criança pequena em busca da maior alegria do mundo e também a mulher de 40 anos que não acredita mais em coisas tão alegres assim.

Queria viver, mas não sentir dor.

- "É impossível, ora menina. Crescer dói muito."

E ela vivia. Viva muito, vivia no limite. Deixava os sonhos deslizarem na ponta dos seus dedos enquanto o sangue dançava quente pelo resto do seu corpo. E depois reclamava dos machucados e arranhões. Precisava aprender a cair. Se deixar levar ela já aprendeu. Desceu na Estação Liberdade.